Aluno(a) de Licenciatura que já fez bacharelado deve fazer a monografia novamente?

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Clara Mafra fala sobre a polêmica religiosa nas eleições presidenciais


Informe do Dia: ‘Discussão religiosa tem que ser aprofundada’
POR FERNANDO MOLICA

Rio - Discussões sobre questões religiosas representam uma característica das democracias modernas e não são uma exclusividade do nosso processo eleitoral. A afirmação é de Clara Mafra, especialista em antropologia da religião e professora da Pós-Graduação em Ciências Sociais da Uerj. Para ela, o maior erro dos candidatos é o de manter diálogos apenas com parcelas conservadoras das comunidades religiosas.

— A religião ganhou destaque excessivo?

— O erro não é falar de religião, mas a falta de familiaridade dos candidatos com o tema. Eles acabam usando estereótipos e se aliando a grupos conversadores dessas religiões.

— A ênfase nas discussões religiosas não atrapalha o processo eleitoral brasileiro?

— O problema não está só no Brasil. A democracia moderna tem usado polêmicas e elementos superficiais nesse debate, como no caso da proibição do véu mulçumano na França. Se as questões fossem aprofundadas antes do período eleitoral, a discussão não seria tão rasa agora. Para resolver o problema não basta incluir ou excluir o tema da religião da pauta.

— Como sair deste quadro no segundo turno?

— José Serra e Dilma Rousseff não têm um passado religioso e eles acreditam que é possível receber em bloco os votos de Marina Silva, que é evangélica. Esta é uma avaliação errada. Enquanto não se conversar a fundo com os grupos religiosos, continuaremos a desenvolver um diálogo de mal-entendidos, onde a religião é sinônimo de obstrução da razão.

.FONTE http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2010/10/informe_do_dia_discussao_religiosa_tem_que_ser_aprofundada_117804.html

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